Vou contar um pouco como tudo aconteceu....
No começo desse ano fiz alguns exames de rotina e acabei me assustando um pouco com os resultados... cistos no ovário, mioma... falando com uma ginecologista, ela me disse que quanto mais o tempo passa pra mulher, mais o útero cria a necessidade de gerar um bebê e como isso não acontece, ele entende tudo errado e passa a produzir cistos, miomas... mas tudo isso poderia ser resolvido se eu voltassse a tomar anticoncepcional, mas aí veio a dúvida: se eu voltar a tomar pílula vou demorar mais para engravidar quando estiver preparada e resolvi não voltar.
Fiz 30 anos em fevereiro e a crise dos 30, que já tinha batido antes do aniversário, veio com mais força e comecei a me achar muito velha... Minha cabeça ficou bagunçadinha, fui em vários médicos, uns diziam que eu demoraria muito pra engravidar quando quisesse, pq meus cistos eram muitos, outros diziam que estava tudo normal, que era só começar a tentar, que o mioma não atrapalhava em nada... enfim, fiz vários exames, vários mesmos e até que cheguei em uma médica excepcional indicada por um primo ginecologista, que eu digo que me fez engravidar pela sua passividade e segurança comigo.
Como estava fazendo ingles e os planos para ter um bebê já estava se aproximando ainda mais, pensei em realizar um desejo que sempre tive, minha vida toda: morar em Londres por um tempo, estudar ingles e me sentir um pouco perdida, como foi quando cheguei em SP em 98. Essa sensação de descoberta, de tudo novo faz a gente se sentir viva e eu queria me sentir exatamente assim. O problema disso tudo é até engraçado, mas tenho medo de andar de avião e ir sozinha de SP a Londres seria uma loucura pra mim, então como não sou só eu, tenho uma pessoa comigo que amo muito, passei a pensar em nós dois.
Em uma dessas noites em que a gente acorda no meio da madrugada com a cabeça cheia de idéias e não consegue mais dormir, pensei: pq não vamos nós dois viajar para todos os países que temos vontade e que ainda não conhecemos?! Depois disso estaríamos livre para aproveitar um novo momento da vida, que seria com um bebê.
Os planos da viagem começaram e a médica dizia que só depois que voltássemos da viagem poderíamos começar as tentativas de engravidar, ou seja, tentar nos dias certinhos de ovulação, pois eu não poderia viajar grávida, o máximo que poderia acontecer seria engravidar na viagem, e olha que foi isso que aconteceu e eu jamais imaginava uma coisa dessa, assim tão rápido.
Não esqueço mais o dia em que sai do consultório da Dra. Silvana, um dia antes da minha viagem, no dia em que fizemos o controle de ovulação, para ver se meu ovário estava ovulando - e até este dia não estava - e ela disse: tenho certeza que você voltará grávida da sua viagem! Eu dei risada, não acreditando, mas pensei que a partir daquele momento começaria de fato as tentativas. E pra mim seria um desgaste... meses após meses tentando...
Fomos viajar, e pelo cálculo do dia em eu que possivelmente estaria ovulando, seria em Madri e realmente foi lá que tudo aconteceu.
Eu me apaixonei pelas azeitonas de Madri, aquelas que servem nos bares como petiscos e depois que escolhemos o nome da bebê, Olivia, vimos que o significado é oliveira, azeitona...rs pura coincidência, pq ela foi concebida lá...rs
Ficamos sabendo da gravidez em Berlim no meio da viagem, mas antes disso, quando estávamos na Grécia, eu senti muitas dores nos seios, cólicas fortes, e foi quando estava acontecendo a fecundação e eu nem imagina isso. Fizemos 3 exames de farmácia em Berlim, depois do terceiro dia de atraso. Um dos exames alemães dizia até de quantas semanas eu estava - eram de 2! Foi um susto! Como poderia ter acontecido tão rápido! E foi uma alegria sem tamanho, mas difícil de acreditar. Mandei um e-mail pra médica contando, mas falamos somente pra ela, queríamos contar pessoalmente para os outros, mas e eu ficava pensando que na volta o avião podia cair e ninguem saberia que eu estava grávida...rs
Como não consigo segurar certas coisas, ainda mais coisa boa, precisava falar pra mais alguém da gravidez, mas pra quem contar em Berlim?! Aí contei escondido pra uma menina brasileira que conhecemos no dia do jogo do Brasil x Coréia, enquanto o marido ia ao banheiro...rs
Quando voltamos contamos para os pais do Edgar, fiz questão de contar pessoalmente para os meus, que vieram a SP para saber da novidade e esperamos dar os 3 primeiros meses para contar para os amigos.
Agora é só alegria, ela já tem quase 6 meses e está indo tudo muito bem. Só tenho a agradecer pela gravidez mais tranquila que tenho, sem enjôos, sem complicações, sem nada, só curtindo mesmo. Que ela venha com muiiiita saúde!!! E vai completar o coração da nossa família!!!
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