terça-feira, 24 de maio de 2011

A evolução da Olivia

Nossa, como o tempo passa... parece que foi ontem que viemos da maternidade com a Olivia. Lembro tão bem desse momento. Era meu aniversário de 31 anos, 16 de fevereiro, quarta-feira, chovia muito em São Paulo, ruas alagadas, um trânsito horroroso... Quando chegamos em casa fomos trocá-la e ela chorou muito... ficamos perdidinhos e eu pensando no que me esperava...rs  mas sorte que a Olivia sempre foi tranquilinha.

No começo ela dormiu no moisés, que ficava no meio da nossa cama. A gente mal podia se mexer, pq não tinha espaço. Eu não dormia  nada, ficava o tempo todo olhando pra ela, quase a noite toda acordada, velando seu sono e esperando a hora pra dar mamá. Dormia no máximo umas 2, 3h por noite e ficava super disposta e pronta pra cuidar cada vez mais dela no dia seguinte. Os hormônios do pós parto são uma loucura e o instinto materno vem de uma forma tão forte que damos conta de tudo. 

Nunca me preocupei se teria leite ou não depois que ela nasceu. Amamentava tranquilamente, e me preocupava mesmo era com a pega dela, pra não machucar meu mamilo e poder curtir o momento.
O meu leite desceu de uma forma muito engraçada: senti o peito pesar muito e inchar de uma hora pra outra, aí deitei na cama e de repente começou a esguichar leite pra todos os lados. O Edgar entrou no quarto e meu viu dando risada daquela situação e riu muito também. Dali pra frente sempre tive fartura e há mais de um mês dôo leite pro Hospital Universitário, para bebês prematuros, que estão na UTI. Tiro leite todos os dias pela manhã e o corpo já entende que agora fora as mamadas da Oli tem mais uma outra bebezinha chamada "bomba elétrica" mamando ali.
Falo muito isso: que entrar em trabalho de parto ajuda muito na amamentação, no leite, porque o corpo entende que é a hora do bebê nascer, e que é hora de produzir leite. O que tenho visto muito é a comprovação de que mães que fizeram uma cesária eletiva, aquela que marca a data do nascimento do bebê, ou não esperaram nem completar as 40 semanas de gestação e já fazem a cirurgia para retirar do bebê antes do tempo (baita susto eles devem tomar, tadinhos), têm dificuldade na amamentação. O bebê também deixa de ganhar seus preciosos quilos no final da gravidez, que é o mais importante e depois de nascidos demoram pra ganhar peso, por conta dos problemas com a amamentação e acabam sofrendo por consequência... uma pena.

Com  a evolução da Olivia, cada dia mais, já sinto falta daquela bebezinha  recém nascida... O crescimento dos bebês é impressionante e passa muito rápido. Sempre ouvi falar isso, mas agora tive como comprovar: realmente passa rápido e cada mudança de fase dá uma saudade enorme. 

Hoje me peguei pirando olhando pra ela tentando se sentar, ainda meia tortinha e olhando admirada para seus pés, percebendo naquele exato momento que eles faziam parte de seu corpo. Ela mexia os pezinhos e arregalava os olhos, devia pensar: eles realmente são meus...rs
Ela adora ficar se movimentando pra frente pra se sentar. Ainda não fica muito tempo sozinha sentada, mas já é um marco na sua evolução. Gosta também de ficar em pé e qualquer ajudinha no seu impulso de levantar se alegra toda e tenta ao máximo se equilibrar. Uma coisa fofa!! 

Após os 3 meses os bebês começam a entender sua própria existência, não sendo mais uma extensão da mãe e aí começam as transformações. O bebê começa a olhar tudo ao redor com muita curiosidade.
 Quando saio com a Olivia no sling fico o tempo todo olhando pra ela. Ela fica impressionada com o mundo ao seu redor, com as árvores, com as plantas, com os carros... adora ficar olhando da sua janelinha do útero, como é considerado o sling.
Outra mudança foi na amamentação. Ela suga com muito mais força os mamilos e muitas vezes joga sua cabeça pra trás enquanto está mamando, levando meu peito junto, como se quisesse testar se ele faz parte de seu corpo. Ela começou a entender agora que o peito não faz parte dela, que é uma outra parte fora de seu corpo.
Os barulhos de fora também chamam muito sua atenção e ela percebe cada barulhinho diferente quando vamos ao parque, principalmente quando esta mamando. A distração aumenta.

Uma das características marcantes da Olivia é sua tagarelice. E como essa bebê linda fala! Fala, fala e fala... Adora contar histórias, fazer drama, ás vezes conta com muito sofrimento e ás vezes conta com muito humor, mas sempre falando muito. Não tem vergonha de ninguém. Fala na aula de baby yoga, fala durante a apresentação do grupo de canto, fala com quem ela ainda não conhece... tem dias que está mais quietinha, mas é só dar uma cordinha pra ela que já começa seu "éééé  ãããã mããããã....." e por aí vai.... Meu pai bate altos papos com ela. Minha mãe também já conversou muito e é impressionante a empolgação da Olivia ao falar, ao ouvir sua própria voz. 

Outra característica da Olivia é fazer um mega barulho ao bocejar. Ela fala "aaahhhhh" ao bocejar. Eu morro de rir.
Adora morder sua fraldinha e faz o barulho "nhô nhô nhô" com muita intensidade, como se fosse comer mesmo a fralda, é muito engraçado. 
Ás vezes solta uma gargalhada com barulhinho de gargalhada mesmo e adora abrir a beeem boca pra dizer que está muuuuito feliz.

Já aprendeu para o que serve suas mãozinhas gordinhas, além de quase comê-las. Começou pegando a fraldinha, depois passou a pegar mordedores, brinquedos e sempre leva tudo pra boca. Conhecendo o mundo pela boca....

Coloco ela de vez enquando de bruços e ela fica com e pescocinho erguido e mexendo muito as perninhas tentanto se movimentar, é o maior barato.
Ela não gosta de ficar muito tempo fazendo a mesma coisa, enjoa rapidinho e quer mudar de brincadeira, de posição, de tudo.

Gamou no colinho e agora não tem mais quem a tire dos meus braços, dos braços do papai e do vovô popi - que passou 15 dias em casa com a gente e ajudou ainda mais nesse processo de colinho. Até os 3 meses o bebê precisa só de colo, mas ainda não entende muito bem tudo isso. Depois dos 3 meses os bebês começam a entender a diferença entre o colo do carrinho, do berço, e aí começa a ter suas preferências... 

São muitas transformações e só posso dizer que a Olivia é bem espertinha e vai ser uma loucura quando  começar a falar de verdade, engatinhar e andar.  Ela tem muita energia. Acho que vou enfartar de amores ainda mais ao ver uma bebêzinha que era tão pequeninha, que saiu de dentro de mim, desbravando o mundo a fora.

domingo, 15 de maio de 2011

Um pouco do parto, um pouco de mim e da Olivia

Estou em uma fase muito pensativa... relembrando a gravidez, o parto, me vendo como mãe... são tantas coisas que aconteceram nos últimos meses, tantas transformações que ás vezes quando me dou conta de todas as mudanças fico um pouco perdida e ao mesmo tempo muito feliz.

Quase toda segunda-feira me lembro do dia do nascimento da Olivia. Me pego olhando no relógio pra ver ás horas e lembrar em qual parte do trabalho de parto eu estaria.
Foram 19horas de trabalho de parto. Começou na madrugada de domingo pra segunda ás 4h da manhã e ela nasceu na segunda ás 23h09. Foi um dia intenso. Mesmo com tantas contrações ainda tinha dúvida se seria mesmo o dia do nascimento dela e se aquilo realmente era um trabalho de parto. Foi um dia todo com contrações irregulares de 3 a 8 minutos e só no final da tarde, quando o bicho pegou mesmo, que acreditei que ela estava chegando.

Sempre fui assim, nunca boto fé de verdade nas coisas boas que estão para acontecer, porque sempre acho que não sou merecedora. Loucura da minha cabeça, mas sou assim. Morria de medo de não chegar até o final da gravidez, olha que coisa mais doida. Sei que penso no futuro sempre com um pouco de receio, de incerteza, esperando que as coisas aconteçam de fato. Faço planos, adoro essa parte, mas só realizando que acredito que aquilo é real.

A gravidez deixou muitas saudades... sentir a Olivia dentro de mim, poder curtir ela crescendo, chutando, brincando... como ela foi feliz lá dentro e como eu curti aqui fora! Foi uma gravidez perfeita, um parto dos sonhos e uma bebê dos Deuses!

O dia do parto também deixou saudades... e quando me pergunto sobre a dor juro que não consigo me lembrar muito bem. Na verdade não senti dor, foi um sensação muito diferente, e como eram tantos hormônios envolvidos, a sensação de amor junto, de parir junto... Acho que o único momento que foi um pouco mais difícil foi a ida para a maternidade no carro. Aquele trânsito e eu imóvel... ah, esse foi um momento mais complicado. Isso agora me faz pensar muito em fazer o próximo parto em casa, um parto domiciliar.
Cheguei á maternidade com 9cm de dilatação! Se ficasse em casa ela nasceria até mais rápido, porque querendo ou não é um stress que atrapalha o trabalho de parto - ter que ir para a maternidade.

Lembro bem que quando acabava uma contração, meu corpo relaxava tanto, era uma sensação orgásmica tão forte que me fazia esquecer de tudo. Quando começou a parte do expulsivo tudo mudou muito rápido. As contrações sumiram e veio a vontade de fazer força. Eu gritava muuuuito, uma loucura, e não gritava de dor não. Converso com minhas amigas mães sobre os gritos que todas nós demos durante o parto e realmente elas também falam que não foram de dor e sim de uma vontade imensa de gritar mesmo.

O momento do nascimento da Olivia tinha uma energia ao redor de toda a equipe, de mim, tão boa... tocava uma música meio hare krishna  e ela veio tão bem, tão tranquila... em um momento de paz e de amor. Quando vejo o video me emociono muito e a carinha que ela chegou ao mundo, ás vezes ela faz meia dormindo, me dá uma saudades... A paz que ficou em mim depois do nascimento dela foi impressionante! Penso muito nisso também, naquela sensação que senti.
Não me imagino tomando anestesia para o parto, sério mesmo. Acho que tive tanta certeza do que queria que ela veio ao mundo da forma mais pura possível.

Hoje vejo Olivia com 3 meses, já fazendo força com o tronco para ir pra frente; ficando durinha em pé; mexendo as pernindas e os bracinhos com os olhinhos arregalados muito feliz; dando risadinha e falando muito o seu "eeee éééé ãããã".... "grrrrrrrrrrr"; quando espreguiça abre a boca faz barulhinho; pegando as coisas e colocando na boca, a começar pela fraldinha, que foi a primeira coisa que ela aprendeu a pegar. São tantas coisas e tantas novidades que ficaria o dia todo contando.

Estou adorando andar com ela pelo bairro no sling e é impressionante como as pessoas param para olhar, pra falar, pra tudo. Não sei se pelo sling, por ser "novidade" pra muitos, ou por ela ser tão linda e simpática.

Toda semana encontro com minhas amigas mamães para andar no parque e tomar chá da tarde e isso tem sido a cada semana mais gostoso, até melhor do que os encontros de amamentação e pós parto que fui. Acho muito legal ter amigas mães e poder trocar figurinhas de tudo que acontece. Na baby yoga também tem mães fofas, que sempre converso, e no grupo de canto do Materna em Canto mais mães fofas... O mais engraçado é que todas essas mães tiveram o mesmo parto que o meu, natural humanizado, e muitas com a mesma médica, a Dra. Andrea. É um mundo de mães felizes, realizadas com seu parto e com seus bebês. Sou muito agradecida por ter pessoas tão especiais por perto e poder vivenciar esses momentos tão profundamente.

Queremos outro bebê logo mais e aí estarei ainda mais completa: Com uma barriga, esperando um outro serzinho iluminado para colocar nos braços e com a Olivia do lado de fora comigo! Já pensou?!
Gravidez é uma benção, um presente que nós mulheres ganhamos de Deus e que nem todas as palavras maravilhosas que existem no mundo podem descrever a sensação de poder gerar e parir um filho. Obrigada, mil vezes obrigada por isso!

sábado, 14 de maio de 2011

3 meses de Olivia hoje!

Hoje a Olivia completa 3 meses de vida! Podem imaginar o tamanho da minha felicidade.... 
Entramos na segunda etapa de sua vida, a segunda de muitas que virão....
Parabéns minha filha!!! Te amo um mundo inteiro e mais um pouco!!!

domingo, 8 de maio de 2011

Hoje é Dia das Mães

 Esse dia pra mim sempre foi tremendamente especial. Talvez porque sempre tive uma relação de muito amor com minha mãe e também por sempre ter a certeza de que um dia eu iria comemorar este dia. 

Sempre quis ser mãe, desde de pequena quando brincava com minhas bonecas. Meu sonho sempre foi ter uma menina! Esse sonho carrego comigo desde o nascimento da minha prima Mayara, que cuidei quando ela ainda era uma bebezinha. Era doida por ela! A Mayara hoje está com 20 e poucos anos, é uma menina linda e doce e quando descobri que estava grávida de uma menina lembrei muito da Mayara...

Com 8 semanas de gravidez fiz o teste de sangue para saber o sexo do bebê. Tinha a certeza que era um menino, já conversava com o Pietro e tudo mais. Na verdade, pensava que era um menino e me fazia acreditar nisso exatamente para não me frustar se não fosse a minha tão sonhada menininha... 
Quando saiu o resultado: sexo FEMININO pulei tanto de alegria e não conseguia acreditar! Era minha Olivinha!!! Mais do que presente, um sonho!!

Hoje com ela nos braços só tenho que agradecer! Sou a mãe mais feliz do mundo!! 

Estamos em Paraty, a primeira viagem da Olivia.  Vamos sair para almoçar com minha mãe e depois de volta a SP.

Á todas as mães, um maravilhoso Dia das Mães!!!