sábado, 10 de dezembro de 2011

Uma mini garotinha e uma super mãe

É minha gente, ser mãe realmente é descobrir o amor acima de qualquer outra coisa existente nesse mundo. É esquecer o limite entre você e este serzinho que saiu de dentro de você.
Pra mim ainda é uma loucura pensar nisso, que dentro da gente é possível gerar uma vida. A natureza é muito sábia e preciosa e deu a nós mulheres o amor maior da vida: parir uma segunda parte de nós.

Parir uma extensão nossa, uma continuação, parir uma vida, acho tudo isso muito doido. E parir de verdade ainda, sentir o bebê nascendo, vivenciar cada contração sem anestesia, sentido cada centímetro do seu corpo se abrindo para a saída de seu bebê, sentindo o encaixe para a passagem mais apertada, sentir a cabecinha saindo e ainda colocar a mão no cabelinho daquele bebê que ainda nem chegou ao mundo... ai meu coração, é maravilhoso!!! Só de lembrar desse momento tão especial me emociono. Lembro tão bem do meu medo de encostar a mão na cabecinha da Olivia quando ela estava nascendo... a Dra. Andrea dizendo: faz carinho nela, coloca a mão na cabecinha, sente o cabelinho... Penso que as mulheres que se privam desse momento tão especial não sabem o quanto isso é importante para elas, para o bebê e para todo o processo...

Quando olho pra Olivia vejo eu mesma. Olivia é minha sombra, como diz Laura Gutman. Essa autora sensacional já me ajudou muito, mas no meu pós parto foi meio punk ler algumas coisas... Toda mulher deve ler Laura Gutman e todo homem tamém. Edgar pirou quando leu o capítulo dedicado aos pais no livro "A Maternidade e o Encontro com a própria Sombra".  Realmente existem muitas coisas além da linha do horizonte. E essas muitas coisas estão ali para serem vistas, quando somos capazes de ver  e de compreender o motivo delas.

O fato de eu amamentar muito a Olivia faz com que ela se funda ainda mais em mim.
Ver ela crescendo até hoje com meu leite, porque a alimentação fora do peito ainda é um petisco diante do quanto ela mama. Por ela mamar muito bem ainda faz com que a mãe fabrique sempre muito leite, e cá estamos nós duas não conseguindo ficar muito tempo longe uma da outra.

No aniversário de casamento de 5 anos agora meu e do Edgar saímos pela primeira vez sozinhos.  Deixamos Olivia com a babá e tiramos a noite para um jantar e uma baladinha e a noite foi maravilhosa! Jantamos no mesmo lugar de todos os outros anos, no Terraço Itália. Eu fiquei muito feliz, com borboletas na barriga...rs Depois fomos em uma baladinha rock no centro da cidade e dançamos na pistinha, coisa que há muito tempo não fazíamos, tomamos drinks, conversamos muito, beijamos muito tb e foi ótimo!
Essa noite foi o tempo recorde que eu já fiquei longe da Olivia: foram 7 horas. Tempo suficiente para meus seios quase explodirem de tanto leite. Quando chegamos em casa lá estava Olivia acordada nos esperando e um tanto nervosa... Por ela dormir boa parte da noite com a gente, sentiu muito a nossa falta quando acordou no meio da noite. Agora estamos retomando o soninho aos poucos para o berço novamente...

Quando vou trabalhar sempre tiro meu leite e ela toma na colher ou no copinho.  Ela nunca gostou de mamadeira. Compramos várias e ela não se adaptou a nenhuma.
A Olivia me tem presente mesmo quando estou longe, mas ás vezes bate uma saudadinha tão grande que esses dias cheguei em casa com a blusa inteira molhada de leite. Foi em uma tarde de trabalho que bateu uma saudades enorme dela e ainda peguei muito trânsito na hora de ir embora...

Olivia já está quase ficando em pé sozinha. Fica por alguns segundos, mas logo se segura de novo.
Começou a dar seus primeiro passos com a nossa ajuda e também sai andando sozinha com um andador - daqueles que serve só de apoio e o bebê vai empurrando. Esse andador a pediatra falou que não faz mal nenhum, muito pelo contrário, é bem legal, porque o bebê tem que apoiar os pés e modular os passos.

Tiramos a poltrona de amamentação do quarto no nono mês da Oli, porque com oito meses o quarto já tinha virado um espaço para brincadeiras com E.V.A no chão. Aquela bebê que só ficava sentadinha brincando com seus bichinhos ao redor começou a se arrastar, a engatinhar e agora quer saber de espaço para poder explorar. Amo ver essa evolução! Só acho é que toda essa fase deveria demorar mais tempo. O primeiro ano deveria ser pelo menos 2 anos, pra gente poder curtir mais cada momento. É muito rápido mesmo!

A Olivia agora adora ficar em pé no cadeirão de alimentação. É a sua última arte. Ela consegue se virar dentro do cadeirão e se levantar sozinha.

Ela começou a provar frutinhas no sexto mês, mas nada de querer comer, nem sabia mastigar. Com 7 meses começou a mastigar frutinhas e com 8 meses entramos com alguns legumes. Com 9 meses agora acrescentamos cereais na papinha e também colocamos carne para dar sabor na hora de cozinhar e no final tiramos a carne e fica somente o caldo dela.

Eu e minhas amigas que também são mães estamos no mesmo ritmo com a alimentação de nossos bebês. Basicamente tudo que uma faz a outra também faz e assim vamos nos ajudando, dando dicas uma pra outra e nos organizando. Os nossos pediatras também ajudam, mas seguimos bastante nossa intuição e vamos de acordo com o ritmo dos nossos bebês.

Comecei também a colocar aveia na frutinha da Olivia e ela adorou. E por falar em aveia.... depois de mais uma crise alérgica no pescoço e embaixo umbigo, e depois de muitos banhos com aveia, maizena, pomadas e etc....finalmente acertamos o tratamento e há 1 mês a Olivia não tem mais alergia!

Fomos em um alergista muito mala, odiei, e fomos em um dermato especialista em dermatite atópica que nos disse que a alergia dela não é nada de tão sério e não é atópica.
No final, estamos seguindo um tratamento que eu pesquisei na internet, através de dicas de mães com bebês alégicos e está dando super certo. Não é um tratamento barato, são cremes importados da marca francesa Mustela, mas vale muito a pena.

Deixamos de lado tudo que estávamos fazendo antes, as tentativa caseiras, o cortizona, toda aquela insegurança, o medo de ter que ir pro hospital de novo... nos tornamos pais mais seguros e seguindo um caminho bem mais tranquilo.

Na minha alimentação continuo comendo de tudo normalmente e na alimentação dela tirei apenas a banana, beterrada e espinafre. Foi meio que por intuição. Resolvi tirar primeiro a banana, porque me lembrei da primeira crise alérgica que ela teve, por ter sido logo depois de comer sua primeira banana... coincidência ou não, vamos manter dessa forma, porque o time que está ganhando não se mexe.

Na última crise alérgica Olivia ficou quase uma semana só no peito. Fizemos tudo do começo pra acompanhar passo a passo e tentar descobrir a causa. Tínhamos receio da obrigação ou não dela ter que comer ou provar as frutinhas ou legumes se tornar um estresse emocional e isso ajudar no processo alérgico...

A Olivia é muito esperta, pensa muito bem quando quer alguma coisa. Ela raciocina tudo e é muito detalhista. Gosta de coisas pequenas, brinquedos simples, e é daquelas que pega um pedacinho quase invisível de lã no chão ou de alguma outra coisa e fica um tempão olhando, analisando... ai, uma fofura!!

É uma bebê extremamente carinhosa, amorosa, sorridente, simpática...nunca vi igual! É um docinho e quando ama alguém, em poucos minutos já quer beijar, colocar a cabecinha junto, fazer carinho... Ela é uma bebê muito especial!

Amo ser mãe, amo ter a Olivia na nossa vida! Amo nossa rotina, nossas brincadeiras, amo tudo, até ás vezes ficar sem dormir direito porque ela quer mamar a noite toda...rs  É, só essa parte que realmente é a mais dura de todas, mas ser mãe tem dessas coisas...rs Aliás, ser uma super mãe, de uma mini garotinha!